Ajudar as crianças a lidar com suas emoções é um dos cuidados mais importantes para o seu desenvolvimento, pois permite que elas possam assimilar a confiança necessária para desenvolver o seu potencial. Porém, nem sempre isso é fácil, principalmente porque quando acontece algo que deixa a criança triste, irritada, frustrada ou com medo, por exemplo, a tendência é achar que a criança está se comportando mal, ou manipulando os pais para conseguir o que quer. É comum também que nos momentos em que a criança expressa suas emoções, os pais fiquem com receio de que a criança seja frágil e venha a enfrentar dificuldades para se adaptar às inúmeras exigências da vida adulta no futuro.
Quando essas preocupações assumem o primeiro plano nas interações com os filhos fica mais difícil ajudá-los a lidar com as suas emoções. Isso porque essas crenças levam quase que de forma automática a reações críticas. Por isso, a primeira dica para ajudar a criança a lidar com suas emoções é tentar deixar essas crenças de lado para que seja possível se manter aberto para a experiência dela. Com isso, é possívelter empatia, para se colocar no lugar da criança.
Como uma emoção geralmente é provocada por um acontecimento, para conseguir ter empatia e se colocar no lugar da criança, pode ser útil pedir para que ela descreva o que aconteceu. Conforme a criança conta, é possível, por meio da empatia, identificar o que você sentiria se estivesse no lugar da criança, pode ser útil pedir para que ela descreva o que aconteceu. Conforme a criança conta, é possível, por meio da empatia, identificar o que você sentiria se estivesse no lugar do seu filho (a) para ajuda-lo (a) a nomear a sua emoção. Então, a segunda dica é ajudar a criança a dar um nome para o que ela está sentindo por meio da empatia com a experiência dela. Assim, quando a reação da criança diante do que sente (choro, gritos ou o retraimento, por exemplo) é denominada como tristeza, raiva ou medo, fica mais claro identificar como ela pode agir para superar essas diferentes emoções.
Além disso, com o tempo, conforme a criança apreende a nomear suas emoções por conta própria, é possível que ela deixe de reagir de forma automática ao que está sentindo (chorando, agredindo ou se recusando a ir a algum lugar) e passe a pedir ajuda de forma mais clara. Essa habilidade que a criança desenvolve ajuda muito a evitar conflitos, já que uma criança que chora ou age de forma agressiva , sem que os pais consigam identificar o sentido desses comportamentos, pode provocar irritação e afastar os outros. Enquanto que quando a criança comunica por meio de palavras o que sente, pode receber apoio com mais facilidade.
Então, no momento em que a emoção da criança foi identificada, a empatia dos pais também pode ajudar a agir para lidar com o que está sentindo. A empatia ajuda nesse momento, porque os pais podem buscar referências nas suas próprias experiências para identificar como eles agem para se sentir melhor no contato com suas emoções. Assim, a terceira dica para ajudar a criança a lidar com suas emoções é refletir sobre o que você próprio faz quando está em contato com a emoção que seu filho (a) está experimentando. Quando os pais percebem que em situações que provocam medo, eles recorrem à segurança de um objeto que representa um amuleto; ou que nas situações de raiva, buscam o apoio de uma pessoa de confiança para poder desabafar; eles podem compartilhar essas experiências com seu (a) filho (a) e sugerir que a criança faça o mesmo. Com o tempo, a tendência é que a criança assimile nessas interações diferentes referências do que pode ser feito quando se sentir de determinada forma. Assim, não só ela aprende a identificar o que sente, mas também terá referências que orientam a sua ação no contato com suas emoções. Desse modo, a criança pode assumir o controle sobre suas emoções e não paralisar, tampouco reagir de forma automática, sem consciência guiada apenas pelo que sente. Ela pode reconhecer o que sente e escolher como irá agir.
Porém, é importante ressaltar que, os pais terão mais facilidade de ajudar seus filhos a nomear suas emoções e a forma como agem no contato com seus próprios sentimentos. Por isso, refletir sobre suas próprias experiências para tentar nomear as emoções que vivenciam no seu dia a dia e perceber de que forma agem no contato com suas emoções que vivenciam no seu dia a dia e perceber de que forma agem no contato com suas emoções, não só evita que tenham reações automáticas e sem consciência, ou seja, é um cuidado consigo mesmo; como também é um movimento que pode influenciar, de maneira muito positiva, na qualidade dos cuidados que serão capazes de oferecer para ajudar seus filhos a lidar de maneira cada muito positiva, na qualidade dos cuidados que serão capazes de oferecer para ajudar seus filhos a lidar de maneira cada vez mais saudável com suas emoções.
Por: Carla Poppa