Quem nunca acordou com o pé esquerdo e se sentiu mais triste, ansioso, sozinho, ou irritado em algum dia?
Atualmente, em tempos de pandemia estes sentimentos podem vir mais à tona. Muitos dos nossos mecanismos para aliviar o estresse e a ansiedade foram tirados de uma hora para a outra. De repente ir à parques, restaurantes, viajar, frequentar shoppings passou a ser restringido.
E aí você pode se perguntar, o que fazer agora para lidar com as emoções que surgem a partir daí? É importante aprender a lidar com as emoções partindo do autocuidado e acolhimento.
Cada vez que olhamos para nós e validamos os nossos sentimentos e não tentamos simplesmente extinguí-los de qualquer forma, estamos nos aceitando. Quando sentimos uma emoção desagradável e consideramos errado sentí-las, estamos sendo autocríticos, e nos julgando . No entanto, quando nos permitimos sentir as emoções, nos acolhemos. As emoções vem, porque de alguma forma elas estão querendo nos dizer algo, que pode ser bom ou ruim. Elas tem uma função de nos proteger e nos ajudam a elaborar e processar uma informação.
A oscilação das emoções é algo natural, e isto significa que está tudo bem não estar se sentindo bem, em um dado momento. Não escolhemos vivenciar a pandemia e o isolamento, logo, todos estão tentando se adaptar e cada um de uma maneira.
Exercitar a empatia, tolerância e a paciência nos ajuda a lidar com esta situação, sabendo que tudo um dia passa, tanto os momentos bons quanto os ruins. O perfeccionismo neste caso não é um aliado, pois só aumenta o sofrimento. Em contrapartida, encontrar estratégias para lidar com o sofrimento, passa em primeiro lugar por admití-lo que faz parte da condição humana.
Como é dito no poema de Fernando pessoa: “ Adoramos a perfeição, porque não a podemos ter; repugna-la-íamos se a tivéssemos. O perfeito é o desumano porque o humano é imperfeito.”
Por: Andrea Guimarães Rothschild