No meu consultório é comum receber pessoas com queixas relativas ao transtorno obsessivo compulsivo. (TOC)
O TOC caracteriza-se por sintomas como obsessões e/ou compulsões também conhecidos como rituais.
O que são as obsessões?
As obsessões são caracterizadas por pensamentos intrusivos e indesejáveis, que invadem a mente contra a vontade do indivíduo, provocando extrema ansiedade, medo e desconforto causando prejuízo nas relações interpessoais no trabalho e no dia a dia do indivíduo.
As obsessões podem ocorrer ao tocar uma torneira, usar o banheiro, tocar a maçaneta, ao cumprimentar pessoas, etc e podem se caracterizar através de cenas, palavras, músicas, números.As mesmas se manifestam através de preocupações com germes, sujeira, medos de contaminação, necessidade de ter certeza, e medo frente a possibilidade de cometer falhas. Conteúdos relativos a violência e de ofensa a Deus, superstição, simetria e acumulação também são recorrentes.
O que são as compulsões/rituais?
Na tentativa de neutralizar os pensamentos obsessivos, e afastar ao conteúdo ameaçador, o indivíduo passa a ter comportamentos considerados compulsivos, os rituais, e passa também a evitar determinadas situações com o intuito de obter um alívio da angústia provocada pelas obsessões.
Este comportamento dá a falsa sensação de controle e segurança, mas forma um ciclo vicioso, onde o indivíduo se vê refém dos seus próprios pensamentos e comportamentos. A compulsão gera um alívio momentâneo, isto faz com que haja a persistência do mesmo.
Como tratar?
A Terapia Cognitivo Comportamental é bastante eficaz para tratar do TOC. O trabalho da parte comportamental para impedir as checagens, aliado ao trabalho das crenças disfuncionais que estão contribuindo para que o indivíduo mantenha o transtorno e permaneça no comportamento obsessivo compulsivo auxilia o indivíduo a diminuir sua avaliação excessiva do risco, a responsabilidade frente as situações da vida, os pensamentos e a necessidade de controle sobre eles, assim como o perfeccionismo e intolerância à incerteza.
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Por: Andrea Guimarães Rothschild